quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Dia de Sair do Armário! Entenda porquê!


Todo dia é dia se se viver como somos, mas 11 de outubro no Brasil passará a ser um dia especial quando o assunto for viver longe da mentira e da omissão no que diz respeito à homossexualidade, à bissexualidade e à identidade de gênero. O Grupo Ellos – Grupo LGBT de Belém em parceria O Estruturação – Grupo LGBT de Brasília, a partir deste ano, passará a comemorar o 11 de outubro, Dia de Sair do Armário.
O objetivo é envolver lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e heterossexuais na construção de uma realidade em que a diversidade de orientação sexual e a identidade de gênero possam ser vividas de forma livre e respeitosa. Algo que passa, necessariamente, pelo bem-estar individual de se colocar na sociedade como LGBT sendo-se verdadeiramente quem se é. Não acreditamos em um conceito de integridade psicológica, base para uma vida plena como cidadão/ã e ser humano, no qual uma pessoa precise mentir, omitir ou dissimular sua orientação sexual e sua identidade de gênero para poder estar em sociedade.
A iniciativa é feita para trazer ao Brasil o movimento sobre o tema que é feito desde 1988, quando, nos EUA, começou-se a celebrar o National Coming Out Day, em 11 de outubro. A proposta não é determinar um dia para se sair do armário, mas sim levantar o debate sobre a importância de se assumir e se ser publicamente quem se é internamente.

Você pode enviar seus videos ou fotos para ellospara@hotmail.com

Quem diria, “sair do armário” veio da mistura de baile de debutante com esqueletos


A expressão “sair do armário” teve origem no início do século 20 a partir de uma analogia que relaciona a introdução dos homossexuais no universo gay a uma festa de debutante: a comemoração de uma adolescente por se transformar numa mulher e ter sua representação formal na sociedade por alcançar a fase adulta ou estar apta para se casar.
O professor de História da Universidade de Yale, George Chauncey, diz, no seu livro “Nova Yorque gay: gênero, cultura urbana e o mundo do homem gay”, que: “Pessoas gays nos anos anteriores à 1ª Guerra Mundial não falavam de “sair para fora (coming out)” do que nós chamamos atualmente “armário”, mas sair para o que eles chamavam sociedade homossexual ou o mundo gay”. Então a saída era, na verdade, uma entrada na cultura gay, com seus bares, locais de confraternização, boates etc.
Pelo apresentado, usar o termo sair do armário para a época dos anos 20 e 30 é errado. O usual mesmo era apenas o sair, o “ir para fora”, uma expressão que chegou ao meio científico nos anos 50 ainda sem o “armário”.
Ainda de acordo com Chauncey, uma mudança iria ocorrer tempos depois. O foco antes dos anos 50 era a respeito da entrada nesse “novo mundo de esperança e solidariedade”, mas os tumultos em Stonewall implicaram na expansão daquele conceito. Ao “sair” acoplou-se o “de onde” e, aí, veio o armário.
Essa mudança no foco sugere que “sair do armário” é uma metáfora mista, uma evolução de “o esqueleto no armário” especificamente se referindo a viver uma vida de negação e sigilo por ocultar a orientação homossexual ou bissexual. Ter esqueletos no armário é uma expressão que fala de segredos bem profundos, algo muito bem guardado.
Portanto, registre mais essa: a expressão sair do armário veio de um misto de festa de debutante com a movimentação política ocasionada pela Rebelião de Stonewall, feita em 1969 em Nova York e que marcou o ativismo LGBT moderno e deu origem às paradas do orgulho.
Fonte: Wikipedia.org
Tradução: Márcio Barrios (tradutor voluntário do Estruturação)

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