Adriana, nascida em Madrid, mas que adoptou Valência, saltou para as principais páginas de jornais e televisões dos mais importantes orgãos de comunicação em Março de 2010 porque, após ficar sem tecto e desempregada juntamente com a sua mãe, devido à crise, a câmara municipal só oferecida a possibilidade de dormirem separadas no albergue municipal. Adriana, por ter no BI o nome de Juan Daniel, poderia apenas dormir com outros homens.
Mãe e filha preferiram dormir na rua do que separarem-se e denunciaram a "humilhação e discriminação" a que estavam sujeitas. Como resultado, a assistência social, através do Centro de Atención a los Sin Techo (CAST), deu-lhes uma solução. Compraram-lhes bilhetes para Madrid, onde ambas as mulheres tentaram inscrever-se para obter ajuda e iniciar uma vida nova. No entanto, as coisas deram errado, e em 13 de Junho, voltaram para a capital de Turia.
Após a cobertura mediática de que se não se arrepende porque "era necessário reinvindicar e fazer valer os meus direitos como qualquer outra cidadã", passou a viver uma situação de indefinição. "Várias estações de televisão ofereceram-me cachés para contar a minha história, usando-me como se eu fosse “carne para canhão”, queixa-se, acrescentando que " no entanto, sempre me recusei porque quero viver a minha vida com normalidade, acho que tenho o mesmo direito que qualquer outra cidadã, mas não me deixam", afirmou desanimada Adriana.
Turuelo pede para ser autorizada a viver "como um ser humano" e que não a discriminem nas entrevistas de trabalho por ter defendido os seus direitos, "senão vou ter que me prostituir, opção que eu nem quero pensar", confessa.
Para já, a sua vida deu a primeira reviravolta. Ela foi forçada a “retornar” ao seu estado masculino: "foi a fase mais difícil da minha vida, ter de voltar para o sexo do bilhete de identidade, porque ninguém me dá uma hipótese como mulher, tive mesmo que mudar os meus perfis nas redes sociais", explica a afectada.
Turuelo pede "por favor" que esqueçam a sua história, que a "respeitem" e a aceitem, criticando ferozmente algumas televisões e estações de rádio às quais exige que "parem de se aproveitar da sua história, que deixem de tratá-la como um objecto e que lhe permitam começar do zero, como qualquer outra pessoa".
Nota da autora: Em Espanha existem inúmeras associações e/ou grupos Trans (transexuais e transgéneros), para não mencionar os grupos/associações LGBT, inclusivé existindo dentro do PSOE. Não há uma que dê uma ajuda para mudar nome e género no BI??? Afinal tiveram uma lei de identidade de género para quê? Carla Antonelli andará tão ocupada que não se possa debruçar sobre este caso e dar uma ajuda? Quer dizer, até se deu ao trabalho de vir a Portugal dar uma forcinha e nada faz por esta sua conterrânea? Não se pede que lhe arranjem trabalho ou algo desse género, mas que façam uma vaquinha para pagar a alteração, arranjem psis que passem o atestado (existem tantos psis espanhóis que até defendem a despatologização, onde estão eles agora?) e pelo menos façam com que esta pobre alma não tenha de se travestir de homem para procurar trabalho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário