Victor conta que tinha saído de um bar na Avenida Afonso Pena por volta das 3 horas e seguia a pé com um amigo, quando no cruzamento com a Rua 14 de Julho, um carro de cor preta passou por eles em baixa velocidade, como que estivem observando os dois, apesar dos vidros fechados. O carro em seguida retornou para perto deles e parou. Os quatro ocupantes desceram correndo em direção deles, o amigo de Victor gritou para correr quando ele foi derrubado com uma rasteira.
O rapaz diz que desmaiou ao cair no chão, recobrando a consciência apenas na unidade de saúde do Vila Almeida com tontura, dores na cabeça, pelo corpo e com as lesões. “Eu sentia muitas dores e ainda sinto no quadril. Tomei analgésico e soro”, lembra a vítima.
“Eles só correram atrás, sem dizer nada. Acho que devem ser uns caras homofóbicos”, diz Victor. “Eu pensei que isso nunca fosse acontecer comigo. Não mexo com ninguém e quando alguém fala alguma coisa fico quieto”.
A Polícia Civil conseguiu através de denúncia anônima identificar os suspeitos da agressão. São todos jovens e de classe média.
De acordo com o delegado Wellington de Oliveira, os quatro suspeitos foram ouvidos e devem responder ao crime de lesão corporal. Todos os suspeitos assumiram o envolvimento no caso e dois deles – de 18 anos – confessaram que agrediram Victor.
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